Em meio a meses de tensão e ameaças, uma reviravolta surpreendeu a política internacional: segundo o New York Times, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, manteve um telefonema secreto com o presidente venezuelano Nicolás Maduro na semana passada — um gesto inédito após anos de hostilidade pública.

Especula-se que o presidente americano ofereceu um prazo para que Maduro se exile na Rússia ou em outro páis, e que, o venezuelano cogitou fazer isso, desde que, sua vice seguisse no comando do país até novas eleições, proposta que Trump não aceitou.

O contato acontece em um momento delicado: os EUA realizaram recentemente o maior deslocamento militar no Caribe em décadas, com operações contra embarcações suspeitas de envolvimento com narcotráfico, muitas delas venezuelanas. Até então, não havia sinais de abertura diplomática entre os líderes.

A conversa, que teria ocorrido na presença do secretário de Estado Marco Rubio, veio dias antes de o governo Trump designar o “Cartel de los Soles” — supostamente ligado a Maduro e membros de seu alto escalão — como organização terrorista, aprofundando ainda mais o embate entre os países.

Tanto a Casa Branca quanto o governo venezuelano evitaram comentar oficialmente, mas duas fontes próximas ao Palácio de Miraflores confirmaram discretamente que o telefonema existiu. O movimento, envolto em silêncio e contradições, alimenta especulações sobre novos rumos — ou novas tensões — nas relações entre Washington e Caracas.