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Agente de saúde é presa por falsificar e vender atestados médicos em Ribeirão das Neves

Polícia Civil apreendeu dezenas de documentos falsos e estima prejuízo superior a R$ 1 milhão aos cofres públicos.
  • Categoria: Minas Gerais
  • Publicação: 04/11/2025 13:55

Uma agente de saúde da Prefeitura de Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, foi presa em flagrante nesta quinta-feira (30) pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), suspeita de falsificar e comercializar atestados médicos. A prisão ocorreu durante a operação Veracidade, que investiga uma organização criminosa dedicada à falsificação de documentos públicos e particulares.

De acordo com a PCMG, a mulher, de 42 anos, foi detida no momento em que entregava atestados falsos a uma pessoa. Durante o interrogatório, ela confessou o crime e afirmou que produzia os documentos utilizando carimbos adulterados e dados médicos obtidos na internet. Os pedidos eram feitos por aplicativos de mensagens.


Material apreendido e perícia

Na residência da suspeita, os policiais apreenderam cinco carimbos com nomes e CRMs de médicos, 173 atestados preenchidos, 28 em branco, 43 receituários, 31 declarações de comparecimento, oito guias de exames, um relatório médico e um aviso de alta hospitalar.

Todo o material foi encaminhado ao Instituto de Criminalística da PCMG para análise pericial. A mulher foi autuada em flagrante pelos crimes de falsificação de documentos públicos e particulares, previstos no Código Penal Brasileiro.


Esquema e prejuízo

As investigações são conduzidas pela Divisão Especializada de Combate à Corrupção, Investigação a Fraudes e Crimes contra a Ordem Tributária, vinculada ao Departamento Estadual de Combate à Corrupção e Fraudes (Deccof). Segundo a polícia, o esquema era estruturado e contínuo, com o uso indevido de timbres da Secretaria Municipal de Saúde e nomes de médicos reais, sem o consentimento deles.

Os atestados falsos eram usados principalmente por servidores públicos estaduais para justificar faltas e obter afastamentos remunerados indevidos. A PCMG estima que o prejuízo aos cofres públicos ultrapasse R$ 1 milhão.


Apoio e desdobramentos

A operação contou com apoio da Agência Central de Inteligência da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (AGCI/Sejusp), do Gabinete de Segurança e Inteligência do Ministério Público de Minas Gerais (GSI/MPMG) e da Superintendência de Informação e Inteligência da Polícia Penal (SIIPP).

Em nota, a Prefeitura de Ribeirão das Neves informou que ainda não recebeu comunicação oficial sobre o caso. “A administração municipal aguarda o desfecho das investigações conduzidas pelas autoridades competentes, para então adotar as medidas administrativas e judiciais cabíveis, caso necessário”, declarou o município.

As investigações continuam para identificar outros possíveis envolvidos no esquema.


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