Zema insinua que aliados do governo federal lucram com crime organizado
Governador de Minas Gerais defendeu classificar facções criminosas como grupos terroristas e afirmou que há pessoas no Estado “se beneficiando” dessas organizações.
- Categoria: POLÍTICA
- Publicação: 04/11/2025 13:39
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), insinuou nesta segunda-feira (3), em entrevista à CNN Brasil, que integrantes do governo federal estariam se beneficiando da atuação do crime organizado. Zema não apresentou provas das acusações.
“Deve ter gente hoje na estrutura do Estado se beneficiando da atuação desses grupos, dessas facções criminosas. Sei lá quem está dentro do Estado que está lucrando com isso”, declarou o governador, que se encontra em pré-campanha à Presidência da República.
A fala ocorreu durante discussão sobre a megaoperação policial no Rio de Janeiro, que resultou em 121 mortes, incluindo quatro policiais. O episódio reacendeu o debate sobre o enfrentamento às facções criminosas no país.
Defesa da classificação como terrorismo
Durante a entrevista, Zema reiterou ser favorável à classificação das facções criminosas como grupos terroristas, argumento que vem defendendo desde o início de 2024. “Temos de parar de romantizar essa situação e agir efetivamente”, afirmou.
O governador também alegou que o crime organizado ameaça a soberania nacional, mencionando o domínio territorial exercido por facções em algumas regiões.
Consórcio da Paz e ações conjuntas
Zema comentou ainda as ações do Consórcio da Paz, grupo formado por governadores de estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste, com o objetivo de coordenar esforços de segurança pública. A iniciativa surgiu após reunião com o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), dias depois da operação policial no estado.
“O que nós definimos é que vamos somar esforços. Minas já realiza operações conjuntas com Goiás e São Paulo, e isso será intensificado”, afirmou o governador.
Zema acrescentou que, caso o governo federal negue apoio a operações estaduais, os membros do consórcio poderão fornecer equipamentos e efetivos para reforçar o combate ao crime.
Repercussão e próximos passos
Até o momento, o Palácio do Planalto não se pronunciou sobre as declarações de Romeu Zema. Parlamentares da base governista classificaram a fala como infundada e eleitoreira.
Especialistas em segurança pública afirmam que a proposta de equiparar facções a grupos terroristas poderia endurecer penas e ampliar o poder de investigação, mas exigiria mudanças legislativas no Congresso Nacional.
O tema deve continuar em debate nos próximos meses, especialmente diante do aquecimento do cenário eleitoral de 2026, no qual Zema é apontado como possível candidato à Presidência.
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