EUA oferecem apoio ao Rio após megaoperação que deixou 121 mortos
Governo Trump enviou carta ao secretário de Segurança do Rio expressando solidariedade e colocando o país à disposição para “qualquer apoio necessário
- Categoria: NACIONAL
- Publicação: 05/11/2025 08:40
Uma semana após a megaoperação policial que resultou em 121 mortes nos complexos da Penha e do Alemão, na Zona Norte do Rio, o governo dos Estados Unidos enviou uma carta ao secretário de Segurança Pública do estado, Victor Santos, oferecendo “qualquer apoio necessário” às autoridades locais. O documento, assinado por James Sparks, representante do setor de Repressão às Drogas do Departamento de Justiça norte-americano, também expressa condolências pela morte de quatro policiais durante a ação.
Apoio e solidariedade internacional
Na carta, o governo Trump enalteceu o trabalho das forças de segurança do Rio e manifestou respeito aos agentes mortos. “Neste momento de luto, reiteramos nosso respeito e admiração pelo trabalho incansável das forças de segurança do Estado e colocamo-nos à disposição para qualquer apoio que se faça necessário”, afirma um trecho do comunicado.
O texto reforça a parceria entre os dois países em ações de combate ao crime organizado e ao tráfico de drogas. Segundo o Departamento de Justiça dos EUA, o apoio poderá incluir intercâmbio de informações e cooperação técnica em investigações sobre o uso de armamento pesado por facções criminosas.
Repercussão política
Enquanto o governo norte-americano manifestou solidariedade, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou duramente a operação. Em entrevista concedida durante a COP30, em Belém (PA), Lula classificou a ação como “desastrosa” e defendeu a participação de legistas da Polícia Federal na investigação das mortes. O presidente afirmou que o episódio “precisa ser esclarecido para que o país não naturalize uma matança”.
Na semana anterior, o chefe do Executivo havia se limitado a publicar mensagem nas redes sociais em defesa do combate ao crime, sem mencionar a conduta das forças estaduais.
Desdobramentos judiciais
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro determinou nesta terça-feira (4) a transferência de sete traficantes para presídios federais. Entre os nomes confirmados estão Roberto de Souza Brito, conhecido como Irmão Metralha, ligado ao Complexo do Alemão, e Marco Antônio Pereira Firmino, o My Thor, com atuação no Morro Santo Amaro.
Outros três suspeitos permanecem sob análise da Vara de Execuções Penais, que solicitou informações complementares à Polícia Civil. Um deles é Rian Maurício Tavares Mota, apontado como operador de drones do Comando Vermelho, cuja situação ainda depende de julgamento.
Novas medidas de segurança
Ontem, autoridades federais e estaduais se reuniram na primeira sessão do Escritório Emergencial de Combate ao Crime Organizado, criado após a operação. Entre as prioridades definidas estão a intensificação do controle de fronteiras e a articulação nacional para impedir a entrada de fuzis no estado. O encontro contou com a presença do secretário Nacional de Segurança, Mário Sarrubo, e do secretário Victor Santos.
As próximas semanas devem ser marcadas pela definição de medidas conjuntas entre os governos do Rio e federal. O Ministério da Justiça informou que um grupo técnico será criado para avaliar a letalidade policial e propor protocolos de atuação em grandes operações./i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_d975fad146a14bbfad9e763717b09688/internal_photos/bs/2025/P/P/fYjdj7SKqMljuHUJUB3g/whatsapp-image-2025-11-05-at-07.30.21.jpeg)
Fontes: CNB
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