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Após megaoperação no Rio, Zema diz que cidade vive “guerra” e critica Lula

Após operação com 121 mortos no Rio de Janeiro, governador de Minas Gerais diz que a capital fluminense “está em guerra” e determina ação preventiva nas divisas entre os estados.
  • Categoria: POLÍTICA
  • Publicação: 30/10/2025 08:30

O governador de Minas Gerais e pré-candidato à Presidência da República em 2026, Romeu Zema (Novo), comparou nesta terça-feira (28) o Rio de Janeiro à Faixa de Gaza, após a megaoperação policial que deixou 121 mortos nos complexos do Alemão e da Penha. Em vídeos divulgados nas redes sociais e à imprensa, Zema afirmou que a capital fluminense “está em guerra” e criticou o governo federal por, segundo ele, “se recusar a enviar blindados” em apoio às forças de segurança estaduais.


Críticas ao governo federal

Zema responsabilizou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, por não colaborarem com as ações contra o crime organizado. “Mais uma vez, as forças policiais de um estado têm de enfrentar sozinhas essas facções terroristas”, declarou.

O governador também mencionou a fala recente de Lula, que disse que “traficantes são vítimas dos usuários de drogas”, durante viagem à Indonésia. “As facções estão tomando conta do Brasil, e está na hora de dizer basta”, afirmou Zema.

Em resposta, Lewandowski classificou a operação como “extremamente violenta” e reiterou que a segurança pública é responsabilidade dos governos estaduais. O ministro anunciou, ao lado do governador fluminense Cláudio Castro (PL), a criação de um Escritório Emergencial de Combate ao Crime Organizado para coordenar ações conjuntas.


Reforço policial em Minas

Na manhã desta quarta-feira (29), Zema anunciou reforço policial nas regiões de Minas Gerais que fazem divisa com o Rio de Janeiro, com o objetivo de impedir a entrada de criminosos e armas. “Determinei prontidão total das forças de segurança em áreas próximas ao Rio, para que Minas não seja afetada”, afirmou.

O governador também defendeu maior vigilância das fronteiras nacionais, argumentando que o tráfico de armas e drogas é resultado de “falhas na fiscalização federal”. “Os governadores têm carregado o ônus da omissão do governo federal”, completou.


A megaoperação no Rio

A ação policial no Rio de Janeiro, considerada a mais letal da história do estado, resultou na morte de 117 suspeitos e 4 policiais, segundo a Secretaria da Polícia Civil. O objetivo da operação era combater o Comando Vermelho, facção que atua em diversas comunidades da capital fluminense.

De acordo com o secretário da PM, Marcelo de Menezes, o confronto principal ocorreu na Serra da Misericórdia, entre os complexos do Alemão e da Penha. “A operação criou um ‘muro do Bope’ para conter os criminosos e proteger os moradores”, explicou Menezes.


Reações políticas e próximos passos

A operação reacendeu o debate sobre a integração entre governos estaduais e federal no combate ao crime. Enquanto Cláudio Castro afirmou que “enfrentou o crime sozinho”, o Palácio do Planalto declarou que não houve pedido formal de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), requisito para a participação do Exército em ações desse tipo.

Governadores aliados de Zema devem viajar ao Rio nos próximos dias para manifestar apoio político a Castro. Já o governo federal anunciou que, além do novo escritório de combate ao crime, pretende propor uma PEC da Segurança Pública para aprimorar a cooperação entre as polícias estaduais e a União.


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