A inflação oficial do país voltou a subir em setembro, registrando alta de 0,48%, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado interrompe a sequência de desaceleração e foi influenciado principalmente pelo aumento da energia elétrica residencial, que subiu 10,31% no período.

Com o resultado, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumula alta de 3,64% no ano e 5,17% nos últimos 12 meses, superando os 5,13% registrados no período anterior.

A alta da energia elétrica foi impulsionada pelo fim do Bônus de Itaipu, creditado nas contas de agosto, pela vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 2, que adiciona R$ 7,87 a cada 100 kWh consumidos, e por reajustes tarifários em capitais como São Luís (+27,30%), Vitória (+12,37%) e Belém (+8,05%). No acumulado do ano, a conta de luz já registra aumento de 16,42%.

Outros itens também contribuíram para o avanço do IPCA. Os planos de saúde subiram 0,50%, e o grupo Despesas pessoais teve alta de 0,51%, puxado por pacotes turísticos (+2,87%) e por atividades culturais como cinema e teatro (+2,75%).

Nos combustíveis, a alta média foi de 0,87%, com destaque para o etanol (+2,25%), gasolina (+0,75%) e óleo diesel (+0,38%). Já o gás veicular apresentou queda de 1,24%.

Por outro lado, o grupo Alimentação e bebidas registrou recuo de 0,26%, o quarto mês consecutivo de queda, influenciado por reduções nos preços do tomate (-11,52%), cebola (-10,16%), alho (-8,70%) e batata-inglesa (-8,55%).

Regionalmente, São Luís teve a maior variação do país, com alta de 1,02%, enquanto Salvador apresentou o menor índice (0,17%), beneficiada pela queda nos alimentos e no seguro de veículos.

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