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Impasses entre municípios atrasam obras da ampliação do Anel rodoviário de BH

Municipalização visa agilizar obras de segurança; novo Rodoanel enfrenta impasses judiciais e ambientais.
  • Categoria: Minas Gerais
  • Publicação: 09/10/2025 12:16

Prefeitura de BH Assume Anel Rodoviário e Promete R$ 1,5 Bi em Melhorias.

A gestão de grande parte do Anel Rodoviário de Belo Horizonte foi municipalizada em 2025. A transferência da responsabilidade, antes federal, para a Prefeitura de BH (PBH), ocorreu com o objetivo de agilizar a implementação de melhorias e aumentar a segurança e fluidez do trânsito. O plano de modernização total da rodovia está orçado em R$ 1,5 bilhão, com promessa de investimento inicial de R$ 60 milhões do Governo Federal para revitalizações e construção de viadutos.

As ações e projetos em andamento incluem obras de manutenção imediata, como recapeamento e revitalização de passarelas, além de estudos para a reforma de viadutos e o alargamento de sete viadutos estratégicos. A municipalização visa dar um novo ritmo às intervenções na via, que é um dos principais gargalos viários da Região Metropolitana.

Ações Imediatas e Obras de Infraestrutura

Desde a municipalização, a PBH iniciou uma série de obras de conservação. Entre elas, destacam-se a instalação de juntas de dilatação em viadutos, limpeza de dispositivos de drenagem e serviços de recapeamento em trechos críticos.

No âmbito da infraestrutura, o plano da Prefeitura prevê a construção de novas alças e acessos para otimizar o fluxo de veículos. Há também pressão e debates em audiências públicas sobre a necessidade de ampliação de faixas no trecho do pontilhão da linha férrea na Região do Barreiro, um conhecido ponto de acidentes. As obras nesta região estão estimadas em R$ 44 milhões.


O Cenário do Rodoanel Metropolitano

Em paralelo às intervenções no Anel Rodoviário existente, o projeto do Rodoanel Metropolitano, uma nova via de contorno para desviar o tráfego de longa distância da área urbana de BH, segue em fase de licenciamento, mas enfrenta impasse com municípios vizinhos e a Justiça.

A obra, de responsabilidade do Governo do Estado, está com a Licença Prévia suspensa judicialmente. A Justiça exige que seja realizada a consulta prévia, livre e informada às comunidades quilombolas e tradicionais que podem ser afetadas. A concessionária (INC S.p.A.) e o governo seguem em fase de planejamento do Projeto Executivo. A previsão oficial inicial de início da construção no segundo semestre de 2025 deve ser adiada, com expectativa de que comece apenas em 2026, devido aos atrasos no licenciamento.

Impasses Municipais

A Prefeitura de Contagem mantém-se contrária ao traçado atual do Rodoanel Metropolitano. O município alega que o projeto ameaça a Bacia de Vargem das Flores, um manancial importante, afeta comunidades quilombolas sem a devida consulta e corta bairros do município. Contagem já obteve liminares que suspenderam o edital e a licença prévia.

Já a Prefeitura de Betim, que inicialmente compartilhava das críticas, mudou sua posição após negociações com o Governo do Estado. O município agora considera que o novo desenho do projeto atende às suas demandas de infraestrutura.


Próximos Passos e Expectativas

Com a municipalização do Anel Rodoviário, a expectativa é que as obras de manutenção e as pequenas intervenções de infraestrutura avancem com maior celeridade sob a gestão da Prefeitura de BH. O sucesso destas ações será crucial para aliviar o tráfego e aumentar a segurança na via.

Em relação ao Rodoanel Metropolitano, o início das obras depende da superação dos entraves judiciais e ambientais, em especial a exigência de consulta às comunidades tradicionais. A evolução do Projeto Executivo e a busca por um consenso com Contagem serão os fatores determinantes para o avanço da nova via de contorno.

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