Campanha fortalece combate à violência contra a mulher em Minas Gerais
- Categoria: Minas Gerais
- Publicação: 22/08/2024 11:49
- Autor: Redação
Com foco na conscientização, acolhimento e fortalecimento das mulheres, a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedese) e a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) reafirmaram o compromisso do Governo de Minas com o evento “Quebre o Ciclo da Violência contra a Mulher”. O evento ocorreu nos dias 20 e 21 de agosto, em Belo Horizonte.
Esta iniciativa integra a campanha Agosto Lilás, que promove ações ao longo do mês para reforçar o engajamento público na discussão sobre políticas e estratégias eficazes para melhorar a vida das mulheres. A campanha também visa destacar a importância da Lei Maria da Penha, que completa 18 anos em 2024.
A cerimônia de abertura foi realizada no Palácio da Liberdade e contou com a participação de representantes dos governos, do legislativo e do judiciário. A secretária de Desenvolvimento Social, Alê Portela, ressaltou a importância da campanha:
“Este é um momento simbólico que marca o início dos eventos do Agosto Lilás. Minas é o berço da liberdade e estamos aqui, no palco de importantes acontecimentos históricos do nosso estado, que também tem a justiça social como um de seus pilares. Estamos reafirmando nosso comprometimento com esses valores”, destacou Alê Portela.
**Avanços e Desafios**
Alê Portela também destacou as iniciativas do Governo de Minas que têm apoiado mulheres em situação de violência, como o Centro Risoleta Neves de Atendimento às Mulheres (Cerna) e o Protocolo Fale Agora. Essas ações oferecem suporte especializado às vítimas e ampliam os mecanismos de denúncia.
Durante a cerimônia, foram discutidos os desafios ainda presentes na luta contra a violência doméstica, que persistem devido às desigualdades enfrentadas pelas mulheres. Representantes do poder público reforçaram a importância de um trabalho integrado entre governo, sociedade civil e forças de segurança para enfrentar essa situação.
**Fortalecimento Feminino e Autoestima**
O evento, que teve um tom de força e união entre as mulheres, incluiu o desfile Trajeto Moda, um projeto da Sedese que já beneficiou mais de 450 mulheres em situação de vulnerabilidade com capacitação profissional.
O desfile foi um destaque na cerimônia, com as participantes mostrando, do alto das escadarias do palácio, que o combate à violência também passa pela valorização e autoestima das mulheres, proporcionando novas oportunidades e ferramentas para a reconstrução de suas vidas.
**Seminário**
No segundo dia do evento, o Auditório JK sediou o seminário “Quebre o Ciclo da Violência contra a Mulher”. O seminário abordou questões sobre medidas de proteção e defesa das mulheres vítimas de violência doméstica e familiar.
“Trabalhamos em rede em Minas Gerais. Temos uma parceria sólida com a Sedese, e esse é um compromisso firme da Polícia Civil em defesa dos direitos das mulheres”, afirmou a chefe da Polícia Civil de Minas Gerais, delegada-geral Letícia Gamboge.
O seminário também discutiu boas práticas nas Delegacias Especializadas em Atendimento à Mulher (Deams), a articulação da rede de enfrentamento à violência doméstica, a operacionalização de serviços especializados e apresentou ações da Subsecretaria de Política dos Direitos das Mulheres (SubPDM), da Sedese.
Durante o evento, o Governo de Minas anunciou a criação da Diretoria Estadual de Gestão das Delegacias de Atendimento à Mulher, que será responsável por coordenar a política de prevenção e enfrentamento da violência doméstica e familiar contra as mulheres.
**Serviços Especializados e Rede de Apoio**
A campanha também destaca a importância dos serviços especializados e mecanismos de denúncia disponíveis para mulheres em situação de violência. Entre eles está o Cerna, que oferece suporte psicológico, social e jurídico para garantir que as vítimas tenham o apoio necessário para romper o ciclo de violência.
O atendimento pode ser solicitado pelos telefones (31) 3270-3235 ou (31) 3270-3296, ou pelo e-mail cerna@social.mg.gov.br. O Cerna realiza a escuta das mulheres, o registro de violações de direitos, a avaliação de riscos e a elaboração do Plano de Acompanhamento Pessoal.
Fonte: Agência Minas
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