Na noite desta Terça dia 26/03, aconteceu uma audiência pública para que fosse discutido o futuro do transporte intermunicipal para estudantes de Itabirito que estudam em cidades vizinhas, este que até então é 100% gratuito e passará à ser cobrado.

Apenas cinco representantes da Câmara Municipal estavam presentes, juntamente com vários alunos que pretendiam saber se continuariam ou perderiam o benefício.

Os vereadores presentes ouviram os alunos e uma representante da Cooperito - empresa de veículos que tranporta os alunos para seus campus diariamente.

Os estudantes dos Intitutos Federais e demais institutos deixaram claro seu ponto de vista em relação à perda do benefício. um tota de oito pessoas tiveram o uso da palavra para defenderem suas opiniões.

Confira algumas das falas emblemáticas da noite:

“O que você (Prefeito) está fazendo por nós? (estudantes)” – Júlia da Costa, estudante de Física da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

“Quando entramos com um pedido de transporte é porque a gente precisa! É nosso direito! Ficamos sem saber se continuaremos sem transporte ou não, pois se chegar na análise social eu vou ficar de fora!” – Jennifer Thais, bolsista da Pontifícia Universidade Católica –(PUC) Minas, cursando administração.

“Quero que vocês, vereadores, não pensem só em estudantes, pensem em nós também, trabalhadores de Itabirito que estão arriscando a vida nessas estradas cheias de buracos, sujas, para levar os alunos às escolas” – Elisabeth Gonçalves, fundadora da Cooperito.

“A gente tá pedindo algo que é nosso, é nosso direito” – Gabriel Almeida, estudante de psicologia que também utiliza o transporte.

Para justificar o que está acontecendo, o Vereador Daniel Sudano reforça, também na audiência:

“Esse projeto vem do legislativo pra nós, estamos apenas tentando resolver da melhor maneira”

Júlia da Costa, estudante que falou para o plenário da Câmara, compartilhou sua ideia e insatisfação com a situação e com o jeito com que a audiência acabou:

“Os poucos vereadores que estavam presentes se demonstraram muito claros em relação à estarem ao nosso favor, que querem nosso bem-estar. O que me deixou curiosa hoje, é que quando eu soube que haveria essa proposta nova, eu achei inconstitucional. É nosso direito humano. Estamos aqui com poucas pessoas, poucas vozes, pedindo para sermos ouvidos por alguém que completamente nos ignorou hoje. Meu sentimento é de curiosidade em relação ao que vai acontecer, minha curiosidade vem a respeito de quem será o prejudicado.”

Guilherme Antunes, que falou pelo Conselho de Educação na reunião, também se pronunciou:

“Acredito que fomos ouvidos pelos vereadores presentes, se vai ter eficácia, como queremos, não sei. Ao meu ver, já está algo fechado, algo que já está feito, até porque a prefeitura nem teve representando na Audiência. Saímos dessa reunião com mais incertezas do que certezas, o futuro ainda está incerto.”

É possível então concluir que os objetivos dos presentes nessa Audiência não foram cumpridos. Os alunos e pais de alunos presentes saíram ainda com a incerteza do que irá acontecer em relação ao transporte. Será necessária uma nova reunião para que as dúvidas que ficaram sejam sanadas, e que, principalmente, haja justiça na decisão que for, de fato, tomada.